sábado, 17 de novembro de 2012

Será que já não está na hora da moda dos zumbis chegar ao fim?


Left 4 Dead, Dead Nation, Dead Rising, Dead Island, The House of the Dead, All Zombies Must Die!, Burn Zombie Burn, Lollipop Chainsaw, Red Dead Redemption: Undead Nightmare, Resident Evil, DayZ… A lista de jogos narrando ataques de zumbis não é pequena e, nos últimos anos, só tem aumentado.Img_normalImg_normalImg_normalNesse caso, muito mais do que sobreviver aos zumbis, quem vive em mundo apocalíptico tomado por zumbis precisa tomar muito mais cuidado com os humanos sobreviventes, uma vez que nesse mundo desregrado é impossível saber o que cada pessoa é capaz de fazer (alguém lembrou do trailer de The Last of Us exibido na E3?).Img_normal
Nem todos eles abordam o assunto da mesma maneira. Tentar comparar o terror proporcionado pelas criaturas de Left 4 Dead com a representação escrachada de um apocalipse zumbi em Lollipop Chainsaw não faz o mínimo sentido, uma vez que as duas propostas são bastante diferentes.
Mesmo assim, a enxurrada cada vez mais constante de títulos abusando da temática levanta uma pergunta bastante pertinente: será que a moda dos mortos-vivos não está exaurindo a mitologia dos mortos-vivos e esgotando as suas possibilidades?
Fraco, lento, e ainda assim assustador
Antes de questionar se o mundo do entretenimento está abusando da ideia dos zumbis, é necessário entender porque é que os mortos-vivos (e não múmias ou lobisomens) fazem tanto sucesso em meio ao público.
Em um primeiro momento, é difícil entender o fenômeno. Afinal, zumbis geralmente são lentos e fracos, diferentemente de outros monstros. Mesmo assim, a sua sede insaciável de sangue e o fato de só “morrerem” efetivamente ao receber golpes na cabeça é o que os tornam incrivelmente perigosos e assustadores. O que parece pior? Ser assassinado rapidamente ou ter suas entranhas devoradas lentamente enquanto o seu coração ainda bate?
No entanto, cenas como a descrita acima não são um sucesso unicamente pela apelação e violência nelas presentes. Isso acontece porque elas demonstram como, coletivamente, a ameaça dos zumbis é capaz de fazer a sociedade como a conhecemos entrar em colapso. E é justamente nesse aspecto que reside o nosso fascínio pelo tema.
Sobrevivendo ao caos
Com a queda de todas as leis que regem a nossa vida em comunitária, a nova ordem dos acontecimentos é o que torna tudo isso interessante (e talvez o exemplo contemporâneo mais bem sucedido em explorar esse aspecto seja o universo de The Walking Dead, de Robert Kirkman, tanto nos jogos, como nos quadrinhos originais e em sua adaptação televisiva).

Assim, com a inserção de mortos-vivos em um mundo como o nosso, autores são capazes de representar os maiores demônios humanos em suas histórias. Se não houver ninguém para puni-lo, você continuaria aturando pessoas que não gosta? E se sua sobrevivência dependesse disso, você usaria algum conhecido como isca para atrair mortos-vivos? São as diferentes respostas que cada um ofereceria a questões como essa que tornam a temática interessante.
Até quando?
Surpreendentemente, uma temática aparentemente simplória é capaz de levantar questões bastante interessantes. Isso significa, no final das contas, que a enxurrada de lançamentos contendo mortos-vivos é algo bom? Não necessariamente.
Como é comum com qualquer estilo de jogo que venda bem, é normal encontrar novos títulos “inspirados” em games mais bem-sucedidos na tentativa de aproveitar o sucesso destes jogos anteriores. Assim, enquanto alguns novos lançamentos conseguem apresentar inovações ao gênero, isso não é exatamente o que acontece na maioria das vezes – algo que acaba sendo prejudicial para todo mundo.
Por enquanto, ZombiUThe Last of Us o quinto episódio de The Walking Dead parecem ser uma amostra de ainda é possível acreditar nos mortos famintos por cérebros. Ao mesmo tempo, o modo Zombies de Black Ops 2 também está mais forte do que nunca. Mas e depois? Será que algum dia iremos nos cansar disso?

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