sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mercado de games brasileiro cresce apesar dos altos impostos


Entre muitos rankings, um certamente não agrada a nenhum de nós, os brasileiros. Estamos cansados de saber que nossos impostos e tributos estão entre os mais altos do mundo. Ou seja, somos um dos povos que mais paga taxas, principalmente sobre produtos importados como, por exemplo, os videogames.

Para se ter uma ideia, ao comprar um console que não é fabricado no país, pagamos de 60% a 70% do valor em impostos. Para um videogame que é vendido a algo em torno de R$ 1.500, por exembro, quase R$ 1.000 equivalem somente a tributos.

Mas, ainda assim, o mercado de games por aqui está de aquecido. A previsão é de que o setor cresça 20% ao ano pelos próximos cinco anos, o que levaria o país ao patamar de terceiro maior mercado de games do mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Japão.
Há pouco mais de um ano, a Microsoft decidiu trazer a produção do Xbox 360 e também de alguns jogos para o Brasil. A estratégia funcionou. Segundo a consultoria GFK, o console é líder de mercado no país, com 65% de participação.

"A fabricação local permitiu que o consumidor brasileiro comprasse o produto com um preço mais acessível. O fato de ter uma fabricação local para consoles e games reflete uma economia de cerca de 40% em comparação ao produto importado", diz Guilherme Camargo, gerente de Xbox no Brasil.
No final do ano passado, a Sony, principal concorrente do Xbox no mercado com o PlayStation 3, conseguiu a aprovação de um projeto que previa investimentos de R$ 100 milhões no país. O documento chegou a ser considerado por muita gente como prova definitiva de que o PS3 começaria a ser fabricado por aqui, o que poderia reduzir seu custo. Mas essa questão ainda é uma incógnita.

"Temos fatores relacionados. Estamos trabalhando com as hipóteses de produção local e de redução de carga tributária, além de outros projetos paralelos. A expectativa é que tenhamos uma solução em um futuro próximo", conta Glauco Rozner, gerente do PlayStation no Brasil.
De qualquer forma, as duas marcas concordam que o consumidor brasileiro é cada vez mais exigente e, ainda que os preços sejam salgados, a pirataria está em queda.

"Temos um consumidor que já entendeu que ter um produto original é a melhor solução. Você tem acesso total à internet e a verdadeira experiência de jogabilidade do Playstation por meio dos produtos oficiais", comenta Rozner.
A opinião é compartilhada por Guilherme Camargo. "O Brasil é conhecido por ser um país onde houve muita pirataria e contrabando, mas nestes últimos seis anos, em que a Microsoft veio trabalhando neste mercado, tivemos diversos ganhos em relação a preço e condições. E agora, o Brasil está na rota de investimentos", comenta.
De olho naqueles números que comentamos no começo da matéria, Sony e Microsoft têm o Brasil como um dos seus principais mercados mundiais. As duas empresas investem em suas redes online: a PSN e a Xbox Live e também já oferecem muitos títulos totalmente traduzidos para o português do Brasil.
E mesmo que as estratégias sejam diferentes, as duas gigantes também concordam que os entraves tributários brasileiros são abusivos. A Microsoft pretende estender seu leque de produtos fabricados no Brasil e a Sony vai usar aqueles R$ 100 milhões em pesquisas que avaliem o cenário nacional e apoiem futuras decisões estratégias.
E você, o que acha dessa discussão? Qual é a sua plataforma de videogame? Participe e deixe seus comentários logo abaixo. Quem sabe juntos não unimos forças para um dia mudar esse cenário? Aproveite e conheça o projeto do Jogo-Justo, que luta contra os altos impostos cobrados da galera de games no Brasil.

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