domingo, 9 de dezembro de 2012

Usuários rejeitam nova política de dados do Facebook

O documento no qual oFacebook propõe mudanças em sua política de uso de dados e declaração de direitos e responsabilidades (DDR) não tem agradado. Até a manhã desta terça-feira, 90% dos cerca de 45 mil votantes rejeitam as alterações propostas.
Facebook


Para que a vontade dos internautas seja validada, é preciso que 30% dos usuários da rede se manifestem. Ou seja, as mudanças sugeridas pelo Facebook só serão ignoradas se mais 300 milhões de pessoas as vetarem. A votação permanece no ar até o dia 10. 
Proposto no dia 21 de novembro, o documento trata de privacidade dos usuários, do modo como as informações podem ser vendidas aos anunciantes e propõe unificação com a base de dados do Instagram, recentemente comprado pela rede social. Desde então, a equipe de Mark Zuckerberg recebe comentários e sugestões de qualquer um disposto a participar. 
“Você (usuário) ressaltou que nossa decisão em atualizar o processo nos dá a oportunidade de inovar e pesquisar novas e melhores formas de aprimorar a participação. Nós concordamos e iremos incorporar suas sugestões, criando novas ferramentas para aprimorar a comunicação sobre privacidade e governança no Facebook”, informa a rede social em comunicado. Na última vez que foi proposta uma votação, apenas 0,038% dos usuários votou.
Com o objetivo de ajudar o público a compreender as propostas, explicadas em longos documentos, o Facebook realizará um webcast hoje à tarde, às 15h30, horário de Brasília.
Críticas à Política de uso de dados
O grupo de ativistas Europe-v-Facebook afirmou nesta terça-feira, 4, que irá processar o escritório do Facebook na Irlanda, onde as operações da empresa são comandadas.
O grupo pede, há cerca de um ano, mais proteção de dados na rede social. Os ativistas alegam estar decepcionados com a Comissão Irlandesa de Proteção de Dados, que realizou auditoria após a organização arquivar diversas queixas.
“A Irlanda obviamente não tem grandes interesses políticos em ir contra essas companhias porque ela é dependente dos empregos que elas criam”, disse Max Schrems, fundador do europe-v-facebook, à Reuters.
Gary Davies, da Comissão Irlandesa de Proteção de Dados, negou à agência de notícias que os investimentos do Facebook no país tenham influenciado na decisão do órgão.
Schrems afirmou que mais de 40 mil pessoas enviaram pedidos ao Facebooksolicitando uma cópia de todos os dados que a rede social têm deles. Até agora, meses depois, nada foi respondido.
Ações em alta
Em meio à polêmica, o Facebook apresenta bons resultados financeiros. Em novembro, as ações da empresa subiram 33% saltando de 21,08 dólares, no começo do período, para 28 dólares no último dia do pregão.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que possui 504 milhões de ações, viu sua fortuna pessoal aumentar em US$ 3,48 bilhões recentemente, e atingir a casa dos US$ 14,1 bilhões.

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