sábado, 22 de setembro de 2012

Entenda a tecnologia por trás do 4G

Sinais 4G
A essa altura, você provavelmente já sabe que o Brasil trabalha para implantar a telefonia de quarta geração. Na última segunda-feira, 17, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) homologou a licitação das faixas de frequência que serão usadas pelo 4G e as que levarão banda larga a áreas rurais. Mas, afinal, o que é uma frequência? E o que o 4G tem a ver com o fim da TV analógica?

Televisões, rádios, telefones móveis, redes sem fio e outros tipos de comunicação dependem de ondas eletromagnéticas para funcionar. A vibração das ondas, dos espectros eletromagnéticos, é definida em uma unidade chamada hertz (Hz), e isso tudo é controlado pela Anatel, que é responsável pela distribuição das faixas.

No Brasil, a TV analógica funciona em 700 megahertz (MHz), frequência que em países como Estados Unidos é usada pelo 4G. Aqui, a quarta geração ficará, inicialmente, na faixa entre 2.500 MHz (ou 2,5 GHz) e 2.690 MHz, mas isso pode não ser bom em termos de qualidade de serviço.

"Quanto mais alta a frequência, maiores são as perdas de propagação, as ondas têm mais dificuldade para penetrar em edifícios ou viajar para mais longe", explica Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. "Se a frequência é mais alta, as células são menores, então a frequência menor tem menos perda de propagação."

Essa é uma das razões pelas quais as operadoras queriam operar o 4G nos 700 MHz, mas a faixa só será liberada em 2016, quando os canais abertos migrarão de vez para o sinal digital, desligando a TV analógica. Então pode ser que o 4G funcione em duas faixas diferentes, futuramente.

"Enquanto não está livre, utiliza-se outras faixas, entre elas a de 2,5 GHz. Não dá pra trocar o sinal da TV pelo da telefonia, até porque há milhões de TVs com receptores, vai desligar todos? Não há alternativa, tem de esperar a TV digital se difundir", comenta Tude.

Nosso país não está sozinho nessa faixa, pois Rússia, Áustria, Canadá, Colômbia, Dinamarca, Estônia, Finlândia, Alemanha, Hong Kong, Noruega, Arábia Saudita, Cingapura e Suíça também adotaram esse padrão. Além disso, boa parte dos celulares feitos na China - um dos grandes mercados da atualidade - usa as mesmas técnicas de transmissão de dados que o Brasil.

Por aqui é usada tecnologia FDD (frequency-division duplexing, ou duplexação por divisão em frequência), o que significa que a transmissão de voz (ou dados) é separada em duas faixas, uma que vai do aparelho à torre, outra da torre ao aparelho. Em outros países o padrão é o TDD (time-division duplexing, ou duplexação por divisão de tempo); neste caso só há uma faixa para envio e recebimento, mas isso acontece tão rapidamente que não há interrupção na transmissão. Os smartphones feitos pelos chineses, então, possivelmente funcionarão com a rede de quarta geração brasileira, conforme explicamos aqui 


 fonte olhar digital

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