sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Técnica usa luz para converter padrões 2D em objetos 3D

Esse estudo pode revolucionar o 3d

Pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte desenvolveram um método capaz de converter padrões 2D em objetos tridimensionais usando somente a luz como ferramenta. A novidade permite criar objetos como cubos e pirâmides sem qualquer espécie de intervenção humana direta no processo.

O processo funciona de maneira bastante simples: uma folha de plástico com marcações é inserida em uma impressora comum, responsável por marcar linhas pretas fortes no material. Em seguida, a folha é cortada da maneira desejada e colocada sobre uma luz infravermelha.

As linhas pretas marcadas absorvem mais calor do que o resto do material, o que faz com que o plástico se contraia e gere o objeto tridimensional desejado. A técnica pode ser usada para criar uma grande variedade de itens, e tem como uma de suas principais vantagens a compatibilidade com métodos de impressão comercial, como a serigrafia, impressão rolo a rolo e equipamentos baseados em jatos de tinta.

Técnica versátil

“Essa é uma aplicação nova para materiais já existentes, e tem potencial para a criação de processos de fabricação de alto volume rápidos ou aplicações no desenvolvimento de embalagens”, disse o Dr. Michael Dickery, professor assistente de engenharia química e biomolecular da universidade e coautor do trabalho que descreve o projeto.

Ao variar o tamanho das linhas traçadas ou das dobradiças do material utilizado, os pesquisadores conseguem mudar a forma como um objeto é montado. Quanto mais ampla uma dobradiça, maior o ângulo em que ela se dobra e maior a velocidade com que o processo ocorre – algo explicado pela área mais ampla para a absorção do calor utilizado.

Através do uso de texturas especiais, é possível fazer com que a folha de plástico utilizada se dobre de maneiras mais complexas, resultando na construção de uma variedade ainda maior de objetos. A novidade foi descrita no trabalho “Autodobragem de folhas de polímeros usando absorção local de luz”, publicado no dia 10 de novembro no periódico Soft Matter, e ainda não há previsão de quando a técnica poderá ser implementada em escala industrial.

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