sexta-feira, 21 de outubro de 2011

parque aquático com ondas e verão durante o ano inteiro

O surfe é um dos esportes radicais mais praticados em todo o mundo. Mas quem é adepto sabe que, quando o dia é ruim, o surfista pode até nem pegar uma onda decente – ou ficar horas e horas esperando uma que valha a pena, sem contar quando o mar está lotado de gente brincando e nadando.

Mas e se existisse um parque aquático especializado para surfistas, com uma vasta piscina e ótimas ondas artificiais sendo geradas durante todo o dia? Para algumas pessoas, isso é tão possível que já está virando realidade.

O Tecmundo mostra abaixo um local que em breve pode tornar realidade o sonho de todo amante do surfe. Portanto, pegue sua prancha e confira o projeto do ambicioso Kelly Slater’s Surf Park.

Como uma onda no mar

O Kelly Slater’s Water Park é um imenso tanque de água em formato circular, cuja borda é totalmente preenchida por água, deixando apenas uma área ao centro para você colocar os pés no chão.

O tanque circular de quase 19 milhões de litros tenta imitar um litoral: a altitude fica levemente maior à medida que o surfista fica mais próximo de terra firme, para que a água não inunde o resto do parque e seja reaproveitada nas próximas ondas.

Para gerar essas ondas, o processo é complicado. A tecnologia de criação e controle que será usada no parque é pioneira, bem mais desenvolvida do que a existente nos parques aquáticos por aí.

Artificial, mas nem tanto

Primeiro, vale a pena conhecer o método natural, que acontece diariamente. No alto-mar, a movimentação de rajadas de vento forma pequenas ondulações na superfície do oceano. Graças ao movimento das correntes marítimas, essas porções de água se aproximam da costa e essas marolas crescem, formando as ondas tradicionais.

No caso das artificiais, designers devem usar hidrofólios de cerca de 30 metros de comprimentos, que giram constantemente por trás de uma cerca protetora em torno da piscina e controlam a onda formada. Desse modo, a água é sempre puxada para o centro do tanque. A forma circular do local cria uma corrente suave, que dita o movimento das águas.

Quando a corrente viaja, ela passa por um desnível vertical existente no chão do tanque. A mudança de profundidade agita a água e cria o swell, que significa uma ondulação que é gerada por um fator que não é o vento (normalmente criada a partir de tempestades em alto-mar). O surfista que remou até o centro pode pegá-la diretamente na crista da onda.

O último passo é ajustar a velocidade dos hidrofólios, para determinar a velocidade da corrente e o tamanho das ondas. Elas podem variar de uma altura de 1 a 2,5 metros. O “passeio” por uma única onda pode durar até mais de um minuto sem perder o realismo, muito diferente do natural, que é de apenas alguns segundos.

Apesar de ser um processo simples, a tecnologia utilizada é de alta qualidade, desenvolvida após vários estudos para proporcionar a melhor onda artificial possível.

Segura a onda

Mas todo cuidado é pouco na hora de brincar com essas coisas: a turbulência causada pelas águas pode gerar algumas ondas mais violentas, perigosas para o praticante do surfe, mesmo que sejam artificiais. Para isso, o Kelly Slater’s Surf Park vai contar com trincheiras nas bordas, que têm a função de absorver os impactos e proporcionar águas mais calmas e com ondas suaves.

Além disso, quando a onda chega ao fim, o ponto final para o surfista pode ser uma ilha artificial circular, localizada bem no meio do tanque. O local simula o visual de uma praia paradisíaca, servindo como ponto de descanso para os esportistas entre um passeio e outro.

A ilha também pode ser acessada por uma ponte, sendo uma área de turismo para espectadores que quiserem ter uma visão privilegiada dos surfistas. Piscinas, guarda-sóis e bares completam a área de entretenimento do local.

O chefão por trás do parque

Para abrir e gerenciar um parque especial para surfistas, não há nome mais credenciado no esporte do que Kelly Slater. O norte-americano é um dos maiores mitos do esporte: começou a competir ainda criança em torneios locais e, depois dos 20 anos, não parou de vencer campeonatos mundiais.

Slater é o recordista de títulos mundiais (WCT), com dez conquistas (sendo cinco delas consecutivas, de 1994 a 1998). Ele ainda é o surfista que mais pontuou em uma só bateria: 20 pontos possíveis, o máximo permitido.


Ainda competindo oficialmente, Slater deve ter um bom dinheiro economizado para abrir o parque, idealizado desde 2005, mas que teve detalhes revelados recentemente pela PopSci. E essa é uma vontade antiga do surfista, que diz que todo profissional sonha com um parque artificial. A comparação feita por ele é que o parque é como as pistas profissionais de skate, que simulam obstáculos de uma cidade.


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